quinta-feira, 7 de junho de 2012

Justiça russa proíbe paradas gays




Justiça proíbe paradas gays em Moscou 

 pelos próximos 100 anos

MOSCOU — Em uma nova onda de proibições a manifestações na Rússia, a justiça de Moscou negou nesta quinta-feira a realização da marchas de orgulho gay pelos próximos 100 anos, decisão que a comunidade homossexual do país já afirmou que irá recorrer no Tribunal de Direitos Humanos em Estrasburgo. O tribunal municipal de Moscou negou uma apelação de Nikolái Alexéyev, ativista e principal líder LGBT do país, que solicitava a realização da parada gay na cidade nos próximos 100 anos. Uma medida anti-propaganda gay já havia entrado em vigor em cinco regiões da Rússia.

“Sempre nos dizem que não, mas em Estrasburgo estas manifestações são ilegais. O tempo passa e seguiremos pedindo autorização para novas ações, ainda que nos neguem. Desta vez decidimos recorrer em Estrasburgo contra a proibição de futuras marchas”, disse Alexéyev, de acordo com agências locais.

Na última quarta-feira, a Câmara alta do Parlamento russo aprovou um projeto de lei que aumenta em 150 vezes a multa para quem participa de protestos não autorizados. Na terça-feira, em uma votação sem precedentes, os votos do Rússia Unida — partido do presidente Vladimir Putin que tem a maioria na Câmara — tornaram a aprovação na Câmara baixa possível, mesmo com todos esforços dos opositores. Agora, o projeto precisa apenas da assinatura de Putin para entrar em vigor.

Segundo Alexéyev, a prefeitura de Moscou negou no começo do ano uma solicitação para organizar 102 paradas entre 2012 e 2112. “Utilizamos uma brecha na legislação que não estabelece um prazo máximo na hora de realizar acordos sobre manifestações”. No começo de maio, o ativista russo foi condenado por fazer “propaganda gay”.

Também no último dia 27 de maio, a tentativa de organizar uma parada gay em Moscou foi frustrada por forte ação policial. Religiosos também se concentraram no centro da capital russa para impedir que os ativistas LGBT protestassem contra o projeto de lei anti propaganda gay que está sendo discutido em Moscou.

Varias cidades russas aprovaram este ano leis contra a propaganda homossexual. De acordo com uma pesquisa do Centro Levada, 74% dos russos acreditam que os gays e lésbicas sofrem problemas mentais. Menos da metade dos russos acredita que os homossexuais devem ter os mesmos direitos que os heterossexuais.


Fonte: oglobo.globo.com

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Facebook, o lugar onde o cristianismo não tem vez




              A culpa não é de Mark Zuckerberg. Se o cristianismo não tem vez no Facebook, os únicos culpados são aqueles que dizem ser cristãos, mas que pelos seus atos desonram a Cristo, que, segundo a Bíblia, é tanto Salvador dos que creem como Senhor deles também.
Sem querer parecer exagerado, somos uma geração hipócrita. O mundo virtual concedeu grandes oportunidades para o avanço do Reino, mas, na mesma proporção, ele nos concedeu grandes oportunidades para que nós, supostos cristãos ou religiosos da fé, avancemos o cristianismo um passo e o retrocedamos três.
               Qualquer tecnologia é neutra. Quem a usa tem o poder de transformá-la em vida ou em arma de destruição em massa. Nesse sentido, somos uma geração que na vida real, digamos assim, vivemos apaixonadamente por Jesus como nosso Salvador, não como Senhor. O Facebook, a terra onde Jesus não reina, mostra de forma clara e pública o que na vida real temos dificuldade de ver: somos míopes, mesquinhos, egoístas, amantes do mundo, hipócritas e donos da nossa própria fé.
                  Essa é minha crítica aos cristãos que usam o Facebook e não glorificam a Deus com ele. Tenho visto quatro erros muito comuns entre nós. Vejam:


(1) Os cristãos que gostam de mandar mensagens provocando outros

                   Não sei você, mas muitas vezes leio aquelas mensagens indiretas. Pessoas que preferem que todos vejam o quanto ela está chateada com aquele “sujeito” ou com “você sabe de quem estou falando”. Uma coisa eu sei: isso não agrada a Deus. Jesus foi muito claro, em Mateus 18, ao dizer que os homens fossem homens o suficiente para tratar as suas queixas, melindres, falhas, problemas. Jesus foi claro o suficiente para que as mulheres fossem mulheres o suficiente para encarar as desavenças e tratarem os seus dilemas.
                    Somos chamados para silenciar e destruir as inimizades. Hb 12.14 diz: “Esforcem-se para viver em paz com todos”. Não somos chamados para escancarar as nossas mágoas e dores, somos chamados para tratarmos as nossas dificuldades com as pessoas que nos machucaram e, secretamente quanto possível, assim honrar a Deus.


(2) Os cristãos falam o que querem e o que pensam

                     Esse é um grande erro! Primeiro, porque ninguém deve falar tudo o que pensa e o que quer falar. Não precisa ser cristão para entender essa verdade. Segundo, vejo que o mundo virtual nos dá uma coragem que pessoalmente não teríamos. Somos super-homens quando estamos conectados. Mas posso dizer uma coisa: Jesus não se agrada daqueles que dizem o que pensam e o que querem sem se importar com os que ouvem. Efésios 4.29 é passagem que tem me ensinado muito sobre isso: “nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem”. Talvez você argumente que o texto não fala de Facebook, e eu lhe direi que você não precisa assassinar o bom senso. Se ele serve para algum tipo de comunicação, serve para todos os outros, seja escrito ou falado.


(3) A exaltação do eu

                    Não canso de ver gente postando e quase se gabando dos seus feitos. Vejo aquela impaciência tomar conta de todos quando leem algum comentário do tipo: “estou fazendo meu devocional”, “estou comendo só comida saudável”, “acabei de receber um elogio” e afins. Ao que sei, ninguém curte essas coisas. Mateus 6.1 diz: “Tenham o cuidado de não praticar suas ‘obras de justiça’ diante dos outros para serem vistos por eles”. Já Provérbios 27.2 fala: “Que outros lhe façam elogios a você, não sua própria boca; outras pessoas, não seus próprios lábios”.
                   Parece que esses dois textos foram esquecidos. Somos chamados por Jesus para que vivamos o cristianismo não na esfera pública, mas no particular. Somos chamados a viver de forma íntegra, custe o que custar, e o mais difícil é lembrar que o nosso Deus “vê e em secreto nos recompensará”. A minha crítica aos cristãos do Facebook é que, primeiramente, parem de se exaltar. Segundo, façam uma reflexão: por que precisamos compartilhar a ação evangelística ou a ação social que fizemos? Será que realmente é para abençoar outros? Será que realmente é para inspirar outros? Será que realmente adianta alguma coisa?


(4) A religiosidade virtual
 

                     Um amigo certa vez escreveu: “se metade do que as pessoas dizem sobre Jesus no Facebook fosse realmente verdade na vida prática, que impacto o cristianismo causaria!”. A verdade é que nessa terra onde Jesus não reina, muitos cristãos são extremamente religiosos. Sua vida virtual é lindamente cristã, mas sua vida prática é verdadeiramente uma mentira. Tito 1.16 fala assim dessas pessoas: “Eles afirmam que conhecem a Deus, mas por seus atos o negam”. Estou profundamente cansado de ver pessoas postarem textos maravilhosos, enquanto a vida está quebrada. Estou cansado de convencidos não convertidos.
                    Começando novamente: a culpa não é de Mark Zuckerberg. Se o cristianismo não tem vez no Facebook, os únicos culpados são aqueles que dizem ser cristãos, mas que pelos seus atos desonram a Cristo, que, segundo a Bíblia, é tanto Salvador dos que creem como Senhor deles também.


F. P. Mastrillo