segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Raiz Coral e Sergio Saas: ADORADORES




Considerada como o melhor grupo Black Gospel da atualidade, o Raiz Coral trouxe para Bauru 18 integrantes para realizar um dos melhores shows gospel já realizados por aqui.
 Antes de começar o show, o Athos teve a colaboração do irmão André (líder do Ministério de Louvor Adorar’t) como entrevistador, para conhecer um pouco mais do Raiz Coral e de seu líder, Sérgio Saas..
Saas se mostrou o oposto do que apresenta no palco. Extremamente tímido, de fala baixa, Saas revelou ao Athos até uma “saia justa” que se meteu por causa da timidez.


Jornal Athos -  Como você começou no mundo da música ?

SAAS - Minha família é formada de músicos e por isso aprendi música desde pequeno. Trabalhei muito tempo com grupos na igreja e aos poucos fui começando a ter uma visibilidade. Com a visibilidade, a popularidade foi inevitável. Assim como as pessoas hoje pedem para gravarmos um DVD, muitos pediam para gravar eu um CD. Entrei no “Black Singers” e depois comecei a trabalhar com música secular e aí tudo foi começando a deslanchar.

Jornal Athos – Você ficou um tempo desligado do Raiz Coral. Porque isso aconteceu?

SAAS – Eu fiquei desligado do Raiz Coral durante um ano para produzir e gravar o meu primeiro CD Solo, o  “És o meu herói”. Isso foi no ano de 2005. Foi excelente para mim esse período, mas, não resisti e tive que voltar ao Raiz para fazer o que faço hoje. Amo isso que eu faço em todos os sentidos.

Jornal Athos – Analisando todos os seus trabalhos tanto solo quanto com o Raiz Coral, nota-se um desenvolvimento muito grande na área da composição. Como tem sido esse desenvolvimento em compor?

SAAS - Não é fácil compor. Eu escrevo muita coisa de mim. Minhas experiências com as situações e as conseqüências delas. Para se escrever uma música de vitória, por exemplo, você tem que passar por uma prova, vencer um desafio para poder chegar a um lugar de vitória e assim falar dele. Eu me baseio em minha própria vida para escrever. Junto o meu conhecimento teológico e minha experiência de vida. Faço tudo parecer um filme. Fico vendo as cenas enquanto escrevo. Faz mais sentido pra mim.
 André entrevistando Saas antes do show

Jornal Athos – Quantas pessoas forma hoje o Raiz Coral ?

SAAS – Nossa equipe é formada por 19 pessoas, 11 cantores e seis músicos. Houve um tempo que trabalhávamos com cerca de 30 pessoas, mas isso trazia uma maior dificuldade para trabalharmos. Hoje conseguimos ir a lugares mais distantes porque temos uma equipe reduzida.

Jornal Athos – Como tem estado a agenda de vocês ?

SAAS - A agenda, graças a Deus, está bem repleta. Temos muitos convites pelo Cd novo e também ajudado pelo programa “Qual é o seu talento”, do SBT. Estamos rumo ao disco de ouro. Ficamos muito surpresos com isso pela dificuldade dos nossos dias em alcançar este objetivo. Graças a Deus estamos alcançando.

Jornal Athos – Pode-se dizer que o Disco de Ouro hoje está mais difícil de ser alcançado pelo enorme crescimento da pirataria no meio evangélico?

SAAS – Acho que não só pela pirataria, mas pela informalidade. Qualquer pessoa baixa informalmente hoje as músicas pela Internet. Tem uma parte boa e outra ruim. Para fazer um trabalho como o “Vencedor”, fica muito caro. Não é um disco de vinte mil reais. É um disco muito mais caro.  Quando investimos nesse disco não visualizamos nada de financeiro de retorno. Visamos simplesmente o Reino.  Coloquei uma meta na minha vida de que eu nunca mais gravaria uma música para depois de um tempo eu ter vontade de gravá-la novamente. Faço o meu melhor. Para respeitar esse critério leva tempo. Isso solidifica nosso ministério, nossa música, a nossa carreira e até a nossa identidade. É importante passarmos algo em que acreditamos.

Jornal Athos – Você citou sobre o Programa “ Qual é o seu talento” do SBT. Como o Raiz Coral está vivendo essa nova experiência?

SAAS - Está sendo muito bom. Temos aprendido bastante com os critérios que temos que avaliar e pelos quais somos avaliados. Temos feito muitos contatos com pessoas não crentes dentro do SBT e com a mídia. Se for da vontade que cheguemos à final e vençamos este programa, vai ser uma benção. Vai nos ajudar a gravar o nosso DVD.

Jornal Athos – Algumas pessoas próximas a você disseram que antes de subir no palco, você fica um pouco nervoso. Mesmo com toda a experiência e tempo de estrada, isso ainda acontece?

SAAS – Sim. Isso rola mesmo. É um dos grandes gigantes que tive que enfrentar. Subir no palco, pegar o microfone e organizar as minhas idéias estando lá em cima. Confrontei-me com este gigante muitas vezes e em algumas eu perdi. Mas fui me acostumando com isso. Mas às vezes ele teima em me enfrentar (risos). Sou tímido e isso se acentua quando não estou tão seguro para fazer o que preciso. Isso me acompanha sempre, mas eu nunca desisti de enfrentar. A gente tem que aprender a lidar com essas coisas, para não deixar que isso nos vença.

Jornal Athos – Você já passou por alguma “saia justa” por causa da timidez?

SAAS - Sim. Na minha formatura de 8ª série eu fui cantar para todos os formando e convidados. Eram aproximadamente 1500 pessoas no auditório. Fiquei nervoso e esqueci a letra da música. Deu aquele “branco”. Aí eu comecei a solfejar a música tentando lembrar a letra. Chegou à segunda estrofe e eu ainda não lembrava da letra (risos). Aí todo o público caiu na risada. O pessoal me amolou por muito tempo. O duro foi que ainda cursei o 2º grau na mesma escola (risos).

Jornal Athos-  Qual é a história da música Vencedor?

SAAS – A música conta as nossas histórias. Ela foi criada em cima de assuntos pessoais meus. Muitas pessoas achavam que eu já tinha ido longe demais, colocavam os meus problemas em evidência. Mas a palavra de Deus fala que somos muito mais que vencedores por meio daqueles que nos amou. Se a Bíblia fala que somos mais que vencedores, quem é o homem que vai falar o contrário?

Jornal Athos-  Qual sua mensagem para quem está começando na música gospel?

SAAS – O que gostaria de dizer a esta moçada que está começando na música, é que não deixem o rótulo ser maior do que a mensagem que deve ser levada. Independente do ritmo que vai tocar, você deve ter o rótulo do propósito do evangelho, o rótulo de Jesus.

André e Saas após entrevista



Colaboração: www.jornalathos.com.br

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